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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

CURSO DE ESCUTATÓRIA - Por Vicente Almeida

CURSO DE ESCUTATÓRIA - PRECISA-SE URGENTE

vi e ouvi catedráticos de várias áreas oferecerem palestras e cursos os mais variados.
Podemos destacar dentre eles, para mencionar os menos técnicos, mais procurados e mais comuns, cuja duração não excede trinta dias, temos:

I - Curso de Oratória;
II - Curso de Relações Humanas;
III - Curso de Relações Públicas;
IV - Curso de Noivos;
V - Curso de batizados.

Entretanto, nunca vejo qualquer expert oferecendo curso de ESCUTATÓRIA.

Curioso não? Nenhum especialista se apresentou até agora para ministrar cursos de ESCUTATÓRIA.

Acho até que o leitor pensa que estou falando grego.

Pois bem. é que tenho observado que todos aprendem a falar, mas ninguém aprende a OUVIR - Escutar. A isso damos o nome de prepotência, quer dizer: as pessoas acham sempre que estão certos quando falam e não admitem contraditórios.

Devia haver um curso que nos ensinasse a OUVIR - não esse de psicologia que envolve nível universitário, mas um curso popular ao alcance de todos.

Saber OUVIR é uma das maiores dificuldades do momento, com exceção dos namorados, enquanto namorados.

Isto não ocorre somente entre os casais, e pais e filhos.

Onde duas ou mais pessoas discutem, é costume falar cada vez mais alto, como se o outro estivesse a dezenas de metros de distância.

Aliás esta é a razão por que os conjuges falam cada vez mais alto quando estão de mal. Mesmo perto um não consegue escutar o outro, por que estão mais preocupados com a briga em sí do que com a reconciliação e o perdão.

Por outro lado, em muitos encontros, quando o orador está falando, aparecem os apartes e alguns comentaristas com suas dúvidas. Acontece ai, que dois, três ou mais, se manifestam ao mesmo tempo, sem chance para o orador responder as indagações.

A única exceção que observo é nos templos. Quando o sacerdote ou pastor faz a sua pregação, todos ouvem, mesmo não gostando do tema ou do pregador, não reagem, e lá permanecem até o encerramento do ritual religioso. Entretanto, quando o tema não é agradável, lá na platéia de repente começa um ti ti ti. Estou mentindo?

Se alguém nos ensinasse a OUVIR, certamente seríamos bem mais felizes.

Utilizamos o nosso mecanismo auditivo da forma mais inadequado possível e Deus sabe o quanto ele é perfeito.

O encantamento não está somente em aprender a OUVIR as pessoas.

Precisamos também aprender a OUVIR a natureza. E neste caso, dispensamos os catedráticos, pois, O sussurro da brisa, o gorjear dos pássaros, o embalo afinado dos anfíbios em noites invernosas, ou a chuva caindo em nosso teto e escorrendo pelas biqueiras, é música e está ao alcance de todos. Tudo isto é poesia, é beleza é iluminação interior, e só precisamos OUVIR, para perceber a presença Divina em nossa vida.

Poderia aqui ampliar, e falar sobre OUVIR o silêncio, que nos proporciona mais bem estar do que podemos imaginar, mas isto requer explicações bem mais profundas e prolongadas. Fica para outra postagem.

E então gente, vocês não acham que precisamos de alguém que ministre um curso de ESCUTATÓRIA?

Escrito por Vicente Almeida
15/08/2012

7 comentários:

  1. Boa Noite Vicente:
    ESCUTATÓRIA. Confesso que nunca havia me ligado ao termo. Aliás, nem mesmo conhecia a palavra. Saber ouvir é muito difícil, principalmente quando o orador não agrada. Discurso longo, de assunto enfadonho, desculpa, mas não há como escutar. Ouvir, até que se tolera, pois tenho duas versões: OUVIR, a gente ouve mesmo a distância.
    Com isso não quero dizer que não escuto.
    ESCUTAR, é entender o assunto abordado.
    Concordo com você quando diz: "O encantamento não está somente em aprender a OUVIR as pessoas".
    Portanto, tenho a intuição de que só as pessoas dotadas de inteligência, sabem ser boas ouvintes.
    Será que existe técnica para se aprender a ouvir, a escutar?
    Gostaria de ter a capacidade de escrever o que sinto ao ouvir o barulho do mar, o cantar dos pássaros, enfim, tudo que a NATUREZA encerra de beleza.
    É, meu caro amigo, me sinto bem pequenina mesmo, espero está engatinhando.....
    Não sei como se comportam outros leitores dos seus textos, mas sei te informar que não está usando a linguagem grega. Eu, nós, seus leitores estamos é adquirindo conhecimento, cultura.
    Agora uma observação: quem tem coragem de escrever, deve ter a coragem de ouvir as interpretações.
    Desculpa se comentei tudo errado, mas deixei me levar pelo entusiasmo. Perdoa se não sou boa aluna.
    Abraços.

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  2. Eh...

    Fideralina;

    Essa palavra ESCUTATÓRIA não existe em nenhum dicionário inventei para poder me expressar melhor nesta postagem.

    O que falei aqui é fruto da minha experiência como orador e como ouvinte.

    Qualquer um poderá fazer a descrição de um fato ou de uma ideia, e se o fizer com o coração, sem amarguras e com vontade de levar uma boa mensagem aos demais fique certa que dará resultados, não imediatamente, mas implantamos nossas impressões na mente das pessoas e mais dia menos dia vão lembrar. É isto que precisamos levar em conta.

    Sabemos que nem todos têm capacidade de escutar, por que tudo que for contrário a seus pontos de vista, normalmente está errado segundo eles.

    Para não tirar conclusões precipitadas é muito importante aprender a escutar e se necessário, só falar quando o interlocutor terminar, mesmo que se alongue.

    Quero muito que comentem ou critiquem minhas postagens, esses serão meus melhores mestres.

    Tudo que você comenta é válido é muito importante, espero estar contribuindo para tirar duas dúvidas. Você vai direto ao âmago da questão.

    Abraços

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    1. Parabéns, Vicente, mas a palavra é perfeitamente possível dentro do nosso idioma. Lembra a palavra imperdível que também não era dicionarizada até o Antônio Magri pronunciá-la?

      Em nossa Comunidade Religiosa já ouvi falar em Pastoral da Escuta. Até me propus a fazer o treinamento para aprender a ouvir e a escutar.
      Um abraço.

      Artemísia

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  3. Eh...

    Artemísia:

    Tenho cá comigo minhas dúvidas sobre a palavra do Ex Ministro Magri. Acho que era "Imexivel"

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    1. Vicente, IN+perder+ível ou I+mexer+ível dá no mesmo, concorda?
      Um grande abraço.

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    2. Obs. O prefixo IN passa a ser IM já que virá uma palavra iniciada por P (perder).

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  4. Eh...

    Artemísia;

    Sinceridade?

    Sei não viu! Vamos ver o que diz os dicionários de hoje:

    IMEXÍVEL: Adj. 2 gên.: algo que não se pode mexer, mudar, reformar, reformular.

    Nota: neologismo atribuído ao ex-ministro Magri, pelo que foi acerbamente criticado. Esta palavra, conquanto ainda não dicionarizada, poderia (e deveria) existir perfeitamente no léxico da língua portuguesa.

    IMPERDÍVEL: Que não pode ser perdido. Cujo ganho é certo.

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