OBRIGADO PELA VISITA

O LABORATÓRIO SIDERAL leva até você, somente POSTAGENS de cunho cultural e educativo, que trata do universo; das gentes; das lendas; das religiões e seus mitos, e de forma especial, dos grandes mistérios que envolvem nosso passado. Contém também muitos textos para sua meditação. Tarefa difícil, mas atraente. Neste Blog não há bloqueio para comentários sobre qualquer postagem.

A FOTO ACIMA É A VISÃO QUE TEMOS DO NOSSO INCANSÁVEL PICA PAU, ABUNDANTE AQUI NA MATA DA NOSSA "VILA ENCANTADA".

domingo, 25 de maio de 2014

A DIVINA COMÉDIA - INFERNO - CANTO XXIV - Por Vicente Almeida

Vala dos ladrões

Virgílio, visivelmente irritado, nada falou até que chegamos diante das ruínas da ponte. Lá, imediatamente recuperou o seu semblante amável e otimista. Estudou por um instante as ruínas e abriu os braços para que eu me apoiasse nele para realizar a subida. E assim subimos, lentamente, ele me erguendo, e eu abrindo caminho.

- Segura aquela pedra ali - ordenou o mestre -, mas tenha cuidado! Veja antes se ela te sustenta.

Foi dura e difícil a escalada. Fosse o aclive mais íngreme ou mais longo eu certamente seria vencido pelo cansaço. Em Malebolge, cada poço é mais baixo que o anterior, portanto, a altura da subida deste lado era bem menor que a altura da nossa descida do lado oposto.

Chegamos, enfim, à derradeira pedra da ruína. Eu estava tão exausto que assim que paramos, aproveitei a oportunidade para me sentar. O mestre não gostou:

- Precisas deixar o cansaço de lado - disse ele -, pois estirado sobre a pluma ou a colcha, a fama não se alcança. E sem ela a vida passa sem deixar qualquer vestígio. Levanta! Vence o cansaço e anima-te! Mais longa escada nos aguarda. Com ânimo se vence qualquer batalha, quando o corpo pesado não atrapalha.

Com esse incentivo prontamente me levantei, falante, para me mostrar valente e destemido. Mas minha fala foi interrompida por uma voz que surgia já do outro fosso.

Não dava para entender o que a voz dizia. Nem no meio da ponte. Era uma voz apressada, irritada. Eu me inclinei para olhar mas não dava para ver coisa alguma.

- Mestre - pedi - que tal atravessarmos até o outro lado e descermos o muro? Aqui onde estamos eu só ouço e nada entendo. Olho para baixo e nada vejo.

- O que pedires eu faço sem reclamar - respondeu Virgílio.

Descemos pela testa da ponte, pela oitava ribanceira que margeia a sétima calha, e lá vimos uma vasta multidão cercada de terríveis serpentes das mais diversas espécies. Só de pensar naqueles répteis terríveis meu sangue gela, pois eu nunca vira nada igual.

No meio das serpentes corriam almas nuas, horrorizadas, com as mãos amarradas às costas por outras cobras que as apertavam, envolvendo seus corpos.
Ladrões torturados por serpentes na sétima vala do Malebolge. Ilustração de Gustave Doré (séc XIX).

Assistimos quando uma serpente perfurou um dos espíritos que estava próximo a nós. Ela atravessou seu colo se inseriu no seu busto. Imediatamente ele se incendiou e foi reduzido a um amontoado de cinzas. Mas aquelas cinzas espalhadas começaram a se mexer, e, lentamente, a se unir. Foram se juntando sozinhas até que haviam formado um homem. Ele se levantou como se acordasse de um sono profundo. Estava pasmo e suspirava aflito. 
Ladrões torturados por serpentes na sétima vala do Malebolge. Ilustração de Giovanni Stradano
Meu guia então se aproximou e perguntou quem ele era. O condenado respondeu:

- Eu chovi de Toscana faz pouco tempo neste abismo. Eu gostava mais da vida bestial que da vida humana, como a mula que fui. Sou Vanni Fucci, a besta. Pistóia era a minha toca.

- Mestre - pedi -, pergunta a ele por que ele sofre nesta vala. Eu achava que ele estaria mergulhado no rio de sangue, como os outros violentos.

O pecador ouviu e não dissimulou. Virou-se para mim com um rosto envergonhado, e disse:

- Maior é a dor de teres me encontrado nesta miséria que a dor que senti quando perdi minha outra vida. Mas agora não posso negar-me em te responder. Eu estou aqui por que eu fui um ladrão. Fui eu quem roubou aquela sacristia onde outro levou a culpa.

Mas para que não fiques feliz por ter me encontrado aqui, se algum dia escapares, abre os ouvidos e escuta minha profecia: Pistóia perderá todos os seus Negros e Florença renovará gente e modos. De Valdimagra virá um raio envolvido por nuvens negras, trazendo uma tempestade amarga sobre o campo de Piceno, onde destruirá as nuvens claras, e todo Branco será então ferido.

Esta previsão eu fiz para que sofras! 

No Canto XXV veremos a transformação de almas em répteis.
Vicente Almeida
25/05/2014

sexta-feira, 23 de maio de 2014

CLORETO DE MAGNÉSIA - QUE SURPREENDENTE!!! - Por Vicente Almeida

CURAR-SE DE ENFERMIDADES AS VEZES É MUITO FÁCIL, BASTA DAR ATENÇÃO AS PEQUENAS COISAS.

Quem sofre de bico de papagaio, nervo ciático, coluna e calcificação pode se curar de forma perfeita, indolor, fácil e barata. E tem, ao mesmo tempo, a cura de todas as doenças causadas pela carência de cloreto de magnésio no passado, até a artrose.

Iniciei minha cura aos 61 anos. Dez anos antes, eu estava quase paralítico, sentia pontadas agudas na região lombar - um bico de papagaio incurável, segundo o médico. Após cinco anos, o peso virou dor e, apesar de todos os tratamentos, a dor só aumentava.

Sem tardar, voltei a Florianópolis com novas radiografias e procurei um especialista. Agora já era um bando de bicos de papagaios, calcificados, duros em grau avançado.

Nada se poderia fazer. As dez aplicações de ondas curtas e distensões da coluna não detiveram a dor, a ponto de nem mais deitado eu poder dormir. Ficava sentado, até quase cair da cadeira, de tanto sono.

Providencialmente, me indicaram os Jesuítas Cientistas, em Porto Alegre e o Padre Suarez me disse ser fácil à cura com cloreto de magnésio, mostrando-me o pequeno livro do Padre Puig, jesuíta espanhol que descobriu o uso do cloreto de magnésio: sua mão era dura de tão calcificada, mas, com este sal, ficou móvel como a de uma menina; o mesmo aconteceu com parentes seus. E brincando, ele disse: "Com este sal só se morre dando um tiro na cabeça ou por acidente".

Em Florianópolis, logo comecei a tomar uma dose pela manhã e uma à noite; mesmo assim continuei dormindo encolhido até o 20º dia; naquela manhã, porém, acordei estirado na cama, sem dor. Mas caminhar ainda era um sofrimento. Depois de 30 dias, eu me levantei sentindo-me estranho: "Será que estou sonhando?"

Nada mais me doía! Dei até uma voltinha pela cidade, sentindo, contudo, o peso de 10 anos antes. Aos 40 dias caminhei o dia inteiro sentindo menos peso; três meses depois minha flexibilidade aumentava. Dez meses já se passaram e me dobro quase como uma cobra.

Outros efeitos: O cloreto de magnésio arranca o cálcio dos lugares indevidos e o fixa solidamente nos ossos.

Ainda mais: minha pulsação que sempre estava abaixo de 40 - eu já pensava em marca passo - normalizou-se. O sistema nervoso ficou motorialmente calmo, ganhei maior lucidez, meu sangue estava descalcificado e fluindo.

As freqüentes pontadas do fígado desapareceram. A próstata, que eu deveria operar assim que tivesse uma folga nos trabalhos, já não me incomoda muito. Houve ainda outros efeitos, a ponto de várias pessoas me perguntarem: 

-"O que está acontecendo com você? Está mais jovem!" 

- "É isso mesmo".

Voltou-me a alegria de viver. Por isso, me vejo na obrigação de repartir o "jeitinho" que o bom Deus me deu. Centenas se curaram em Santa Catarina depois de anos de sofrimento com males da coluna, artrose etc.

Importância do cloreto de magnésio: O cloreto de magnésio produz o equilíbrio mineral, anima os órgãos em suas funções (catalisadoras), como os rins, para eliminar o ácido úrico nas artroses; descalcifica até as finas membranas nas articulações e as escleroses calcificadas, evitando enfartes; purificando o sangue, vitaliza o cérebro, desenvolve ou conserva a juventude até alta idade.

Uso: após os 40 anos, o organismo absorve sempre menos cloreto de magnésio, produzindo velhice e doenças. Por isso deve ser tomado conforme a idade, use doses diárias: Dos 20 anos aos 55 anos 1 capsula diária; dos 55 anos aos 70 anos, duas capsulas diárias, dos 70 anos aos 100, três capsulas diárias.

O cloreto de magnésio não é remédio, mas alimento. E não tem contra-indicação. É compatível com qualquer medicamento simultâneo.

O cloreto de magnésio põe em ordem todo o corpo e é indicado para homens e mulheres. No caso das mulheres, ele ajuda a prevenir a osteoporose.

Recomendações: Quem sofre de bico de papagaio, obesidade, nervo ciático, coluna, arteriosclerose, rins, calcificação, surdez por calcificação, deve iniciar o tratamento com uma dose pela manhã, uma dose à tarde, uma dose à noite.

Quando curado, deve-se tomar o cloreto de magnésio como preventivo, isto é, conforme a idade.

Artrose: O ácido úrico se deposita nas articulações do corpo, em particular os dedos, que até incham. Isso resulta de uma falha no funcionamento dos rins, justamente por falta do cloreto de magnésio. Se em 20 dias não sentir melhoras e não cessar a anormalidade, tome uma dose pela manhã e uma dose à noite.

Depois de curado, continue com as doses normais, como preventivo.

Próstata: aqui vou citar um exemplo. Um homem muito idoso já não conseguia urinar. Algum tempo antes da operação, lhe deram cloreto de magnésio como preparação e ele começou a melhorar. Depois de uma semana sentia-se bem e a operação foi cancelada. Há casos em que a próstata regride, às vezes, ao normal, tomando-se 2 doses pela manhã, duas doses à tarde, duas doses à noite.

Ao melhorar continue tomando a dose preventiva.

Outros problemas tais como: reumatismo, rigidez muscular, impotência sexual, câimbras, tremores, frigidez, artérias duras, falta de atividade cerebral, sistema nervoso: uma dose pela manhã, uma dose à tarde, uma dose à noite.

Sentindo-se melhor, passar para a dose preventiva.

CÂNCER: Infelizmente todos o temos em grau moderado.
"Consiste em células mal formadas por falta de alguma substância (refinados) ou presença de partículas tóxicas. Estas células anárquicas não se harmonizam com as sadias (não servem para nada), mas são inofensivas até certa quantidade, que o magnésio combate facilmente, vitalizando as sadias. Infelizmente todo processo canceroso é lento, e não causa nenhuma dor de alerta, até aparecer o tumor, que segrega tóxicos (vírus muito variados), que invadem as células sadias em ramificações (semelhante a um caranguejo, que quer dizer, câncer no latim)".

importância as pequenas coisas. "De nada vale tentar ajudar aqueles que não se ajudam a si mesmos." Confúcio
******************************************************

"No mundo contemporâneo estamos tão acostumados a gastar tanto com medicina, que sempre rejeitamos as soluções simples, embora muitas vezes sejam as melhores. PURA VAIDADE!

Só para ilustrar o texto:

Naamã, capitão do exército sírio era leproso e ao saber da existência do profeta Eliseu em Israel, para lá se dirigiu levando dez talentos de prata e seis mil ciclos de ouro com o fim de pagar ao profeta pela sua cura - Esse valor em nossa moeda nos dias atuais, talvez representasse centenas de milhares de reais. Eliseu não aceitou o pagamento mas, mandou que Naamã mergulhasse sete vezes no Rio Jordão e ficaria curado.


Naamã ficou irritado por que esperava pagar muito caro pela cura e não acreditou que simples mergulho no Jordão o sarasse da sua lepra. Entretanto seus conselheiros recomendaram que ele seguisse a instrução do profeta já que era um ato tão simples e sem custos. E Naamã atendeu e foi mergulhar sete vezes do no Rio Jordão e ficou curado. II Reis Capítulo 5.


Vicente Almeida
23/05/2014

terça-feira, 20 de maio de 2014

A DIVINA COMÉDIA - INFERNO - CANTO XXIII - Por Vicente Almeida

Vala dos hipócritas - Frades Gaudentes.
Na vala do hipócritas - Ilustração de Paul Gustave Doré

Caminhávamos sem companhia: um na frente e o outro atrás. Durante a caminhada voltei a pensar naqueles demônios. Se por nossa causa eles sofreram dano, eles devem estar irados. Considerando os seus maus instintos, certamente não deixarão de vir atrás de nós. Esses pensamentos deixavam meus cabelos em pé e por causa do medo eu olhava para trás o tempo todo.

- Mestre - disse -, se não tiveres como nos esconder, eu temo que os Malebranche poderão nos encontrar. Eu os sinto; eu os ouço como se estivessem vindo.

- O teu temor agora juntou-se ao meu, e então vou procurar uma maneira de escaparmos. Se o declive a direita permitir nossa descida à próxima vala, teremos como escapar do ataque imaginado.

Mal tinha terminado de expor o seu plano, eu os vi chegando com suas asas abertas, não muito longe, para nos pegar! Meu guia tomou-me no colo de repente e se jogou na rocha escarpada até escorregar na calha, rasteiro. 

Quando chegamos lá embaixo os diabos já nos observavam do alto do precipício. Eles nos amaldiçoavam, irritados. Descer, eles não podiam, pois eram proibidos de ultrapassar a quinta vala.
Dante e Virgílio conseguem escapar dos dez demônios - Ilustração de Paul Gustave Doré
Deixamos os diabos para trás e caminhamos pela quinta vala. Vimos gente colorida, de capuz, caminhando lentamente e usando capas de ouro brilhante por fora, mas de pesado chumbo por dentro. Eles sofriam e choravam, cansados pelo peso intenso.

- Meu guia - falei - enquanto caminhamos por esta vala, olha em volta e dize-me se vês alguém, cujos feitos ou nome me seja conhecido.

- Mais devagar, tu que correis por este ar escuro! - gritou um espírito, que ouvira minha fala toscana - Talvez eu possa conseguir o que tu queres.
Conversando com almas na Vala dos Hipócritas - Ilustração de Giovanni Stradano - Sec. XVI
Parei e vi duas almas que se aproximavam lentamente. Quando chegaram, me olharam e conversaram entre si:

- Ele parece vivo o que mexe a garganta, e se os dois estão mortos, qual privilégio permite que andem despidos da pesada manta? - conversaram, e depois, a mim se dirigiram - Ó toscano que vieste visitar o colégio dos hipócritas, dize para nós quem tu és.

- Eu nasci e cresci na grande cidade banhada pelo Arno e tenho o corpo que sempre possuí - respondi. - Mas quem sois vós, destilando lágrimas de dor que correm pelas vossas faces?

- Frades gaudentes fomos - respondeu o primeiro, - e bolonheses. Eu sou Catalano e este é Loderingo. Tua terra nos deu um cargo que se costumava dar a um homem só, para manter a paz, e nós fizemos mal uso dele.
O Crucificado - Ilustração de Paul Gustave Doré
Eu ia começar a responder aos frades quando me chamou a atenção um outro que sofria intensamente crucificado ao chão. O frade Catalano, que me observava, falou:

- Este que tu vês crucificado disse aos fariseus que era mais oportuno sacrificar um homem que atormentar todo o povo. Nu, ele jaz no caminho, e como vês, sente o peso de cada um que passa sobre ele. Todos os outros do seu conselho estão aqui também.
O crucificado - Ilustração de Giovanni Stradano Seculo XVI  
- Poderia nos dizer, se vos for permitido - perguntou Virgílio ao frade - se há, à direita, alguma passagem conhecida pela qual nós dois possamos sair, sem que seja necessário invocar os diabos para nos tirar desta vala?

- Mais perto que imaginas - respondeu o frade - há uma ponte que une todos os anéis, mas nesta parte ela está destruída. Porém, embora a ponte esteja quebrada, é possível subir escalando suas ruínas.

Ao ouvir a explicação do frade, Virgílio ficou parado, cabisbaixo. Depois disse, irritado:

- Ele mentiu, aquele demônio desgraçado! Mentiu! Não havia outra ponte, era mentira!

- Uma vez em Bolonha - interrompeu o frade -, fiquei sabendo dos vícios do diabo. Um deles é que ele é falso e é o pai da mentira.

Virgílio se afastou em passos largos, mostrando irritação no seu rosto. E eu parti também atrás dele, seguindo o rastro de seus pés. 
*******************************

No Canto XXIV veremos a vala dos ladrões
Vicente Almeida
20/05/2014

segunda-feira, 19 de maio de 2014

ISTO É FANTÁSTICO - Por Vicente Almeida

Se Você já viu coisa igual está de parabéns.

Se ainda não viu,  vale a pena conferir e se emocionar.

Esta garota russa: Kseniya Simonova nos envia sua mensagem de amor através da areia. É quase impossível a nossa sensibilidade não aflorar. 

Vicente Almeida
19/05/2014

domingo, 18 de maio de 2014

PORQUE ADOECEMOS TANTO? - Por Vicente Almeida


Todas as doenças ou acidentes estão encobertas por alguma energia que atua no subconsciente do indivíduo. Quando ele tem pensamentos negativos, cria no seu mundo interior uma realidade que se materializa no corpo. Por consequência, aquilo que a pessoa pensa – coisas boas ou más – são atraídas para as suas vidas.

A Psicologia associada à Terapia Energética  cuida e melhora os sistemas do corpo, mas para torná-lo mais saudável é necessário equilibrar primeiro  os pensamentos e as emoções. Noutras palavras, deve-se fazer um equilíbrio geral das  dimensões física, neuro emocional e energética.

Algumas pessoas acreditam que a causa dos nossos problemas está na crise econÔmica, na frente fria, no trânsito, na violência, no chefe, no marido ou na esposa. Isto pode ser um grande engano. A principal causa dos problemas e infortúnios de uma pessoa, está dentro dela própria, nos seus pensamentos e crenças. Pessoas que conduzidas por padrões mentais negativos, deixaram-se levar pelas doenças e sentimentos nocivos.

O ressentimento e principalmente a falta de amor-próprio, são grandes causadores de enfermidades e de todo o tipo de problemas na nossa vida. Criamos as doenças na nossa cabeça e o corpo funciona apenas como um reflexo “vibracional” dos pensamentos, crenças e sentimentos. Ou seja, por trás de uma doença existe sempre uma crença incorreta, como o uso de expressões tipo: “não sou bom o bastante”, “não vou conseguir”, “sou culpado e portanto não mereço ser feliz”, “nada corre bem para mim ” e “todos me perseguem”.  Saiba que muitas pessoas curam um cancro ao fazer afirmações positivas, tratamentos alternativos e a mudar a sua forma de encarar a vida.

Quando você conhecer o significado das principais partes do corpo, padrões de pensamento negativos e identificar os padrões mentais causadores de doenças, poderá agir para modificar os padrões negativos e fortalecer o positivo que há em cada um de nós, o potencial para a vida. No entanto, isso não dispensa de forma alguma, o tratamento médico convencional. O ideal seria escolher um médico da sua confiança e, paralelamente ao tratamento, fazer uma análise profunda da forma como você vê, e se comporta perante a vida.

O poder de autocura pode ser prejudicado pelo stress, modo de vida e hábitos inadequados, relacionamentos complicados, levando a que a nossa saúde fique debilitada, provocando doenças.

Ao resgatar a sua autoestima e adotar pensamentos positivos e otimistas, você cria condições para que o seu organismo reaja de forma mais rápida e favorável ao tratamento. Sendo assim, ao permanecermos saudáveis fortalecemos a capacidade de autocura natural do organismo.

Além de agilizar na recuperação, você também previne o aparecimento de doenças futuras e constrói uma vida mais alegre e próspera, bem como um viver melhor.
***********************************

Crédito desta matéria para a Doutora Jatir Schmitt (Psicóloga)
Vicente Almeida
18/05/2014

sábado, 10 de maio de 2014

REFLEXÕES - Por Filipe Almeida

Entendo que se meditarmos um pouco sobre nossos atos faremos mais e melhor todas as coisas e sofreremos bem menos, por que estaremos banindo a imprudência, companheira inseparável de todas as horas para muita gente.

Um homem não precisa ser rico para ser alguém, da mesma forma, não precisa ser pobre para ser ninguém.

Que o tempo leve somente o necessário e me traga não mais que o suficiente.

A vida é como uma vela que persiste em se manter acesa, não importa o quanto soprem.

Nem todo cavalo é para ser montado.

Seja como um cofre: Guarde somente o necessário, não revele seu segredo e abra somente na hora certa.

Um atalho poderá ser o caminho mais rápido, mas nem sempre será o melhor.

Quando perdoamos alguém, não quer dizer que somos fracos, quer dizer que somos fortes o bastante para superar a dor.

Se o céu é tão bonito imagina o dono dele!
*************************************

Sou Filipe Almeida, tenho 17 anos. Sou neto do administrador deste Blog.
Filipe Almeida
10/05/2014

segunda-feira, 5 de maio de 2014

FILOSOFANDO - Por Vicente Almeida

Não te envergonhes das rugas adquiridas na estrada da vida, elas revelam teu esforço na busca constante de dias melhores.

Não lamentes as dores, elas são as melhores conselheiras e sempre conduzem a profunda meditação.

Não lamentes os acidentes sofridos, evita-os antes que ocorram, eles, em parte, refletem a imprudência e possivelmente poderiam ter sido evitados.

Não reclames as deficiências físicas, nosso corpo é exatamente aquele que precisamos para realizar as tarefas do nosso programa de vida. Sim, todos temos uma missão a cumprir.

Tudo é opção. Em nossa caminhada vida a fora temos dois caminhos, o da luz e o das trevas, o sucesso da jornada depende da escolha.

Escrito por Vicente Almeida
05/05/2014

sábado, 19 de abril de 2014

A DIVINA COMÉDIA - Por Vicente Almeida

RECESSO

Mais uma vez suspenderemos por trinta dias, a publicação dos Cantos sobre o inferno, integrantes do Poema "A DIVINA COMÉDIA", de Dante Alighieri.

Esta decisão tem a finalidade de deixar o leitor mais à vontade para uma análise sobre o poema e seu autor. Assim será fácil entender sua mensagem contida neste decantado poema que tem atravessado séculos.

Aqui o autor estabelece um sofrimento especial e eterno para cada espécie de pecado cometido pela alma do pecador que, quando vivo desobedeceu as regras do amor fraterno entre os homens.

O sofrimento eterno descrito por Dante em seu poema foi assim fundamentando, por que na época em que viveu, a igreja já havia disseminado no mundo cristão a ideia da eternidade das penas sem possibilidade de remissão.

Sobre o autor de "A Divina Comédia"

Dante viveu em uma época turbulenta em que a igreja mostrava acintosamente seus tentáculos. Naqueles tempos, o poder da igreja era quase absoluto inclusive sobre reis e rainhas.

A igreja sempre decidiu suas crenças através de dogmas e impunha essa decisão a todos os que professavam o cristianismo, ao mesmo tempo em que tentava abolir da face da terra, pela força, o paganismo e outras formas de religião.
Dante Alighieri
Dante Alighieri nasceu em Florença, em 1º de junho de 1265 e morreu em Ravena a 13 ou 14 de setembro de 1321.

Foi escritor, poeta e político. É considerado o primeiro e maior poeta da língua italiana. Disse Victor Hugo que o pensamento humano atinge em certos homens a sua completa intensidade, e cita Dante como um dos que "marcam os cem graus de gênio". E tal é a sua grandeza que a literatura ocidental está impregnada de sua poderosa influência, sendo extraordinário o verdadeiro culto que lhe dedica a consciência literária ocidental.

Foi muito mais do que literato: numa época onde apenas os escritos em latim eram valorizados, redigiu um poema, de viés épico e teológico, "La Divina Commedia" - A Divina Comédia.

O grande poema de Dante, que é uma das obras-primas da literatura universal e um dos pontos mais altos atingidos pelo espírito humano.

Essa obra foi originalmente intitulada "Commedia" e mais tarde foi rebatizada por Giovanni Boccaccio com o adjetivo "Divina".

A primeira edição que adicionou o novo título foi a do humanista veneziano Lodovicco Dolce, publicada em 1555 por Gabriele Giolito de Ferrari.

Nasceu em Florença, onde viveu a primeira parte da sua vida até ser injustamente exilado. O exílio foi ainda maior do que uma simples separação física de sua terra natal: foi abandonado por seus parentes. Apesar dessa condição, seu amor incondicional e capacidade visionária o transformaram no mais importante pensador de sua época.

A "Divina Comédia" descreve uma viagem de Dante através do Inferno, Purgatório, e Paraíso, primeiramente guiado pelo poeta romano Virgílio, símbolo da razão humana, autor do poema épico "Eneida", através do Inferno e do Purgatório e, depois, no Paraíso, pela mão da sua amada Beatriz - símbolo da graça divina,com quem, presumem muitos autores, nunca tenha falado e, apenas visto, talvez, de uma a três vezes.

Os outros dois livros, o "Purgatório" e o "Paraíso", já exigem outra abordagem por parte do leitor: contêm subtilezas ao nível filosófico e teológico, metáforas dificilmente compreensíveis para a nossa época, requerendo alguma pesquisa e paciência.

O Purgatório é considerado, dos três livros, o mais lírico e humano. É interessante verificar que é, também, aquele onde aparecem mais poetas.

O Paraíso, o mais pesadamente teológico de todos, está repleto de visões místicas, raiando o êxtase, onde Dante tenta descrever aquilo que, confessa, é incapaz de exprimir - como acontece, aliás, com muitos textos místicos que fazem a história da literatura religiosa.

O poema apresenta-se, como "poema sagrado" o que demonstra que Dante leva muito a sério o lado teológico e, quiçá, profético, da sua obra.



A Comédia é o maior símbolo literário e síntese do pensamento medieval, vivenciado pelo autor. O poema chama-se "Comédia" não por ser engraçado mas porque termina bem - no Paraíso. Era esse o sentido original da palavra Comédia, em contraste com a Tragédia, que terminava, em princípio, mal para os personagens.

As crenças populares cristãs adaptaram muito do conceito de Dante sobre o inferno, o purgatório e o paraíso, como por exemplo o fato de que cada tipo de pecado merece uma punição distinta, no inferno, penas eternas, no purgatório penas temporárias e no paraíso a alma virtuosa sente e vive na presença de DEUS.
********************************

Em trinta dias estaremos de volta com o Canto XXIII, quando Dante e Virgílio chegarão a vala dos hipócritas.
Vicente Almeida
19/04/2014

terça-feira, 15 de abril de 2014

A DIVINA COMÉDIA - INFERNO - CANTO XXII - Por Vicente Almeida

Escolta dos dez demônios

Os dez demônios que escoltaram Dante e Virgílio - Ilustração de Giovenni Stradano - Século XVI

Seguimos com os dez demônios. Durante a nossa jornada eu pude ter uma noção melhor de todo o vale e do breu fervente. Observei que, como os golfinhos que mostram suas costas acima da água, eventualmente um pecador mostrava as suas para aliviar por um instante seu sofrimento, e logo tornava a mergulhar. Outros ficavam à beira da fossa, mas submergiam assim que Barbariccia aparecia.

Vi então um pecador que, vacilante, demorou para retornar à calda fervente. Antes que o coitado pudesse submergir, Graffiacane o capturou agarrando-o pelos cabelos. Os diabos gritavam:

- Ó Rubicante! Enfia tuas garras nas costas dele! Esfola! Rasga a pele!!

Enquanto os demônios gritavam, eu voltei-me para o mestre e perguntei:

Diabo fazendo o pecador retornar ao mar de breu fervente -Ilustração de Paul Gustave Doré
- Mestre, se puderes, descubra quem é este desgraçado que caiu nas mãos de seus adversários.

Meu guia se deslocou até o pecador, perguntou de onde viera, e ele respondeu:

- Eu nasci e fui criado no reino de Navarra. Depois fui servo do bom rei Tebaldo e lá aprendi a arte da barataria. Agora pago a conta neste caldo quente.

Ciriatto, que tinha duas presas no rosto que nem javali, fez-lhe sentir como uma só poderia rasgá-lo. Mas Barbariccia interveio, agarrando-o.

- Aproveita enquanto eu o seguro! - disse Barbariccia a Virgílio - Se quiseres que ele fale mais, continue a interrogá-lo antes que os outros o dilacerem.

- Então dize-me - continuou Virgílio - conheces algum latino lá embaixo?

- Eu estava com um agora há pouco. Queria eu estar lá embaixo com eles para não receber estas garfadas.

- Já esperamos demais! - gritou Libicocco, que com um garfo arrancou-lhe um pedaço do braço. Draghinazzo já ia furá-lo com o quinhão mas desistiu assim que percebeu que o decurião Barbariccia olhava para ele, irritado.

- Mas quem é aquele com quem disseste estar há pouco no caldo fervente? - continuou o mestre. - Era o frei Gomita de Gallura, soberano especulador. - respondeu o condenado - Vive ele a conversar com Dom Michel Zanche sobre a Sardenha. Ai! Mas olha só o diabo como ri! E apontava para um demônio bem próximo olhando para ele. Eu poderia te falar mais, mas temo que esse demônio se zangue e venha me torturar!

Mas Barbariccia virou-se para Farfarello, que já avançava, gritando:

- Te afasta, ave de rapina nojenta!

- Se quiseres ver toscanos e lombardos - continuou o pecador -, eu os farei vir aos montes! É preciso, porém, que os Malebranche se afastem, pois eles os temem. Eu, sozinho, sem sair deste lugar, farei vir sete deles com um simples assobio. É o nosso sinal para indicar que algum de nós está fora.

- Olha só a trapaça que ele armou para escapar! - disse Cagnazzo, rindo e sacudindo a cabeça.

- Trapaceiro eu sou - respondeu o esperto -, especialmente se for para trazer desgraça aos meus companheiros.

Mas Alichino queria ver para crer e o desafiou:

- Se tu mergulhares eu não correrei atrás de ti, pois tenho asas para te alcançar. Nós te deixaremos livre e ficaremos atrás do vale. Veremos se és mais rápido que nós.

E então todos tomaram o rumo do vale, começando com o que se opunha àquele jogo. Astuto, o corrupto saltou e conseguiu fugir. Alichino não conseguiu alcançá-lo. Calcabrina, irado, correu atrás também, torcendo que o danado escapasse para armar uma briga com Alichino.

Assim que o pecador submergiu ele saltou em cima do seu irmão, e ambos se enroscaram no ar sobre o piche. Os dois começaram a se mutilar com suas garras até que caíram na pez fervente. O calor foi suficiente para separá-los, mas não conseguiam sair do poço, pois suas asas estavam encharcadas. Saíram então todos os outros diabos para os socorrer.

E lá os deixamos, naquela confusão, e continuamos sozinhos.
*********************************

No Canto XXIII veremos a vala dos hipócritas.
Vicente Almeida
15/04/2014

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A DIVINA COMÉDIA - INFERNO - CANTO XXI - Por Vicente Almeida

Vala dos corruptos - Malebranche (demônios)

De cima de outra ponte paramos para ver a próxima fissura de Malebolge, que era incrivelmente escura.
Diabo conduzindo nas costas uma alma para jogá-la no breu fervente - Ilustração de Paul Gustave Doré 
embaixo um grosso breu fervia. Eu olhava mas nada via a não ser as bolhas de piche que a fervura levantava. 

Enquanto meus olhos procuravam alguma coisa naquela escuridão, meu guia gritou:

- Cuidado, cuidado! - e logo me arrancou do lugar de onde eu estava.

Voltei-me e vi logo atrás um diabo preto que corria em nossa direção. Ai, mas como ele tinha um aspecto feroz! Com suas asas abertas ele corria ligeiro com os pés. Levava um pecador no seu ombro pontiagudo, que pelos tendões dos pés tinha seguro. Parou diante da pez fervente, e gritou:

- Ó Malebranche, aqui está mais um daqueles anciões devotos de Santa Zita. Cuida dele pois eu vou buscar outros. 

Quase todos naquela terra são corruptos, exceto, é claro, Bonturo! Lá, com dinheiro, qualquer não vira um sim.

Depois que falou, soltou o pecador das alturas, que submergiu no líquido espesso. O diabo voltou correndo pelos recifes e sumiu na escuridão. O pecador ainda tentou ressurgir na superfície, mas vários demônios que estavam sob a ponte saíram e o perfuraram com mais de cem garfos, levando-o a outra vez submergir.
Os dez demônios que guiarão Dante e Virgílio pela vala dos corruptos - Ilustração de Paul Gustave Doré
- É melhor que te escondas. - sussurrou o mestre, preocupado com a presença de tantos demônios - Não é bom que saibam da tua presença. Fica aí atrás daquela pedra e não saias tu de lá até que eu te chame!

Fui e obedeci. Seu temor tinha sentido. Quando o mestre chegou ao outro lado da vala, eles surgiram. Saíram todos de baixo da ponte e quando viram o meu guia, apontaram arpões na direção dele.

- Nenhum de vós seja inimigo! - gritou Virgílio - e antes que me ataquem, que venha um de vós e me ouça!

- Vai Malacoda! - gritaram todos.

E então, um dos diabos se separou do grupo e se aproximou, rosnando:

- De que lhe adianta falar comigo?

- Crês tu Malacoda - falou o mestre -, que eu teria chegado até aqui se não fosse por vontade divina? Me deixa seguir pois no céu a vontade é que eu guie alguém por este caminho.

Com isto o orgulho dele caiu, assim como o seu arpão que parou a seus pés, e gritou para os outros:

- Não toquem nele!

O mestre então gritou, ordenando que eu saísse do meu esconderijo. Eu obedeci e corri na direção dele. Vendo todos aqueles diabos voando na minha direção, temi por um instante que o pacto não fosse cumprido.

- Vou tocá-lo! - gritou um - Aonde? - perguntou outro. Mas Malacoda voltou-se rapidamente para eles e os afastou, gritando:

- Fica quieto Scarmiglione! - e depois virou-se para nós, dizendo - Esta ponte sobre a sexta vala está em ruínas. Se vocês quiserem prosseguir, devem continuar por esta beira e mais adiante irão encontrar outra ponte. De ontem, cinco horas mais que agora, já são 1266 anos desde que esta via foi destruída. Para lá mandarei alguns dos meus guardas que irão fiscalizar os pecadores no fosso. Podem ir com eles. Eles se comportarão.

E então Malacoda designou 10 diabos para nos escoltar, chamando-os um a um pelo nome: Calcabrina, Alichino, Cagnazzo, Libicocco, Draghignazzo, Graffiacane, Ciriatto, Farfarello, Rubicante e Barbariccia, o chefe da expedição.

- Meu mestre, o que é que eu vejo? - falei, assustado - dispensa a escolta e vamos embora sozinhos, pois eu não quero seguir na companhia deles. Se prestas atenção, como é o teu costume, vê como eles mostram os dentes e piscam uns para os outros.

- Não há o que temer - respondeu o mestre - deixa que eles mostrem seus dentes à vontade. Eles o fazem para as almas que fervem e não para nós.

Antes de seguirmos pela beira à esquerda, os demônios saudaram Malacoda soprando, com a língua firme entre os dentes, fazendo um som obsceno. Esperavam um sinal para partir. O demônio então, os respondeu de volta com o ânus em som de trombeta.
****************************** 

No Canto XXII, veremos a escolta  dos dez demônios
Vicente Almeida
10/04/2014

sábado, 5 de abril de 2014

A DIVINA COMÉDIA - INFERNO - CANTO XX - Por Vicente Almeida

Vala dos adivinhos

Da nossa posição sobre a quarta vala pude ver procissões caladas caminhando e ouvir o seu pranto. Mas quando olhei com mais atenção eu vi, com espanto, que todas as pessoas tinham a cabeça torcida. Só podiam andar para trás, pois olhar para frente não lhes era permitido. Vendo tal imagem torta e as lágrimas que vertiam descendo pelas nádegas, não pude conter-me e chorei também.
A ilustração de Giovanni Stradano fala por si
 - Ainda estás com esses tolos enganadores? - perguntou-me o guia, repreendendo-me - Aqui, neste lugar, a piedade vive quando a piedade é morta. Quem pode ser mais cruel que o homem que tenta controlar a vontade divina? 

Levanta o rosto e veja Anfiarau que tentou fugir da guerra, mas foi engolido pela terra até chegar a Minós, que no fim, a todos aferra.

Sabes por que ele e os outros têm a cabeça virada para trás? É porque em vida quiseram demais ver adiante. Foram todos adivinhos e astrólogos que agora só podem olhar para o passado. Olha lá Tirésias que foi homem e também mulher, vê Aronta e também Manto, que deu o nome à cidade de Mântua, onde nasci.

Depois de mostrar a vidente Manto, Virgílio me contou como ela percorreu o mundo por muitos anos até encontrar uma planície desabitada no norte da Itália e lá se estabelecer para praticar magia com seus servos. Lá ela morreu e lá deixou seus ossos, sobre os quais foi construída uma cidade, que ganhou o nome de Mântua.

- Mestre - respondi - tua explicação eu sinto tão certa, que outra seria como carvão extinto. Mas dize, dessa gente que passa, se há alguma outra digna de nota.

- Sim, aquele ali cuja barba se espalha do queixo sobre suas costas é Eurípiles - mostrou Virgílio - e aquele outro, magro, é Michael Scott, que sabia tudo sobre magia. Vê Guido Bonatti e vê Asdente, que hoje deseja ter sido mais dedicado na arte de fazer sapatos. Mas agora vamos, pois a lua cheia já se põe e o dia já amanhece.
E enquanto ele falava, nós andávamos.
*****************************************

No Canto XXI veremos a vala dos corruptos - Malebranche (demônios)
Vicente Almeida
05/04/2014