UM PRETEXTO PARA MONITORAR AS FRAQUEZAS HUMANAS
A confissão auricular, ainda em uso pelos cristãos católicos foi instituída em 1215, durante o IV Concílio de Latrão, presidido pelo Papa Inocêncio III, sob o pretexto de que para ser salvo, o pecador deveria obter o perdão dos seus pecados, o que somente poderia ser conseguido através da confissão individual diretamente a um padre, a quem Deus concedia o poder de perdoar os pecados.
Contudo há pontos a questionar. O confessor, homem solteiro, igualmente pecador e as vezes um estranho, cheio de erros e limitações, desconhece os sagrados deveres de um lar.
Sabemos que uma minoria desses homens, investido de um poder incomum, às vezes, aproveita-se da fraqueza humana no confessionário e explora a vítima, estimulando-a a baixar a guarda e assim revelar fatos secretos de sua vida pessoal ou conjugal, deixando-a a sua merce e neste caso as vítimas mais visadas sempre foram as mulheres, muitas vezes submetidas a repugnantes e indiscretos interrogatórios com fins nada lícitos. É exatamente ali que está o perigo e onde às vezes se inicia o calvário feminino. Isto é público e notório.
Hoje todas esses fatos vem rapidamente a público, mas antigamente poucas mulheres ousavam afrontar um confessor, por que temiam a tão propalada excomunhão, além do que, os antigos cristãos acreditavam na santidade das pessoas do clero tendo-os como dotados de poderes especiais, capazes de perdoar pecados.
Sabemos que uma minoria desses homens, investido de um poder incomum, às vezes, aproveita-se da fraqueza humana no confessionário e explora a vítima, estimulando-a a baixar a guarda e assim revelar fatos secretos de sua vida pessoal ou conjugal, deixando-a a sua merce e neste caso as vítimas mais visadas sempre foram as mulheres, muitas vezes submetidas a repugnantes e indiscretos interrogatórios com fins nada lícitos. É exatamente ali que está o perigo e onde às vezes se inicia o calvário feminino. Isto é público e notório.
Hoje todas esses fatos vem rapidamente a público, mas antigamente poucas mulheres ousavam afrontar um confessor, por que temiam a tão propalada excomunhão, além do que, os antigos cristãos acreditavam na santidade das pessoas do clero tendo-os como dotados de poderes especiais, capazes de perdoar pecados.
Mas o tempo não apaga e a história não omite, por isto, mais cedo ou mais tarde tomamos conhecimento de fatos estarrecedores praticados em nome de Deus. Assim ficamos sabendo que por trás dos bastidores da inquisição, iniciada em 1230, a mulher foi a maior vitima daquelas atrocidades, por confiar demais nos confessores a quem procurava pensando se redimir de pequenos delitos.
Durante o período inquisitorial que durou 600 anos 1230/1825, o confessionário foi utilizado para extorquir informações e manter sob pesado controle, toda a população dos países sob o domínio da igreja. As mulheres ficavam aterrorizadas aos serem notificadas para se confessar e ai daquela que não comparecesse.
Mas o tema inquisição, já foi sobejamente abordado em postagem anterior, aqui mencionamos apenas para mostrar os tentáculos do poder atribuído ao clero medieval através do confessionário.
Mas o tema inquisição, já foi sobejamente abordado em postagem anterior, aqui mencionamos apenas para mostrar os tentáculos do poder atribuído ao clero medieval através do confessionário.
Por outro lado nos vem a interrogação! "Antes de inventarem a confissão auricular como as pessoas eram salvas"?
Fui um dentre os milhões de católicos, que se confessaram durante nove meses, nas primeiras sexta-feiras, a fim de garantir um lugar no céu. Mas eu era um jovem imaturo e crédulo. Se uma autoridade eclesiástica falasse uma coisa era tida como verdade absoluta. Por isso acreditava que a salvação era conquistada simplesmente me ajoelhando aos pés de um homem e confessando minhas faltas, sem si quer entender perfeitamente o que era arrependimento e o que era de fato pecado. Eu tinha menos de 16 anos e até então era um simples filho de agricultor.
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No cristianismo, os Concílios tinham um poder de decisão muito forte, os dogmas que decretavam não podiam ser questionados e o papa era considerado infalível. Desta forma, os cristãos sempre viveram debaixo de ordem obedecendo rigorosamente aqueles preceitos, dentre eles a confissão auricular sob ameaças de penas eternas e excomunhão.
Anteriormente não havia obrigatoriedade confessional, mas era comum uma confissão pública. Aqueles que se sentissem pecadores, quando sinceramente arrependidos, se dirigiam a um templo - Sinagoga, e ali confessavam publicamente suas faltas como se estivessem falando diretamente a Deus. Essas pessoas de fato demonstravam arrependimento de seus atos, tanto que confessavam de pública com a intenção de se redimir diante de Deus e dos homens. Este ato demonstrava sublime humildade.
Nossa confiança no Criador, não pode ser abalada simplesmente por que ficamos sabendo de desmandos causados pelos administradores das religiões. Vale esclarecer que não há uma só instituição agregadora das massas, que seja imune a erros.
Os caminhos da fé são tortuosos, cheios de perigos e obstáculos. Felizes daqueles que aprendem a superá-los, pois compreenderão que Deus está no comando e nada nos faltará... Se fizermos a nossa parte.
Os caminhos da fé são tortuosos, cheios de perigos e obstáculos. Felizes daqueles que aprendem a superá-los, pois compreenderão que Deus está no comando e nada nos faltará... Se fizermos a nossa parte.
Todas as religiões do mundo sempre tiveram suas crenças, seus mitos, suas dificuldades, seus erros e acertos, mas, somente os cristãos tiveram mártires. POR QUE SERÁ?
A finalidade de qualquer religião é agregar crentes interessados no aperfeiçoamento moral. Assim eram os cristãos do primeiro milênio, até que a ganância e o poder passaram a exercer seu fascínio e desviaram o curso natural da religiosidade... E Deus perdeu seu lugar, até hoje.
Observamos que os crentes valorizam mais os mitos e os favorecimentos materiais. E ainda aceitam os dogmas sem questionar, ao invés de amarem o Criador temem-no como se ele fosse uma pessoa muito má.
Não há razões para temermos o Criador julgando que ele nos punirá ou julgará nossos deslizes. Somos nossos próprios juízes "A cada um será dado segundo suas obras".
Vale esclarecer que os desmandos e interpretações equivocadas no seio da igreja, não deve ser atribuída à instituição mas, isoladamente aos seus administradores, pessoas imperfeitas e sujeitas a erros como todos nós.
Quanto a mulher! Esta sempre foi vítima de olhares cobiçosos, em todos os tempos e em todos os lugares, nos governos, nas grandes e pequenas empresas e também nos lares. Uma minoria, apenas uma minoria de homens, sem escrúpulos, ainda é pedra de tropeço. A mulher, impúbere ou adulta é assediadas sexualmente com mais frequência do que se imagina. Infelizmente não podemos esquecer que muitas vezes ela se insinua provocantemente causando algumas tragédias nas famílias. "Aquele que não tiver culpa atire a primeira pedra".
Não há coisa mais grotesca do que fingimento. Quando alguém pensa estar enganando os outros é a si mesmo que engana!
Texto: Vicente Almeida
27/11/2012
Eh...
ResponderExcluirSabemos muito bem que o leitor gostaria que escrevêssemos somente coisas agradáveis. Mas esta não é a proposta do Laboratório Sideral.
Mesmo desagradando alguns é preciso muitas vezes abordar temas polêmicos afim de realinhar nosso pensamento e colocá-lo mais em sintonia com a verdade. Esta é a única forma de nos aproximarmos de Deus.
Vicente:
ResponderExcluirTudo que você escreveu tem meu aval. Concordo e é por essa e outras que sempre fui até o sacerdote para conversar e não confessar. Desde aluna, quando obrigada a fazer as primeiras extas-feiras, achava que o confissionário era desnecessário. E opinava junto às demais colegas para ir até o Alto do Seminário, pois lá tínhamos liberdade de conversar. Fiz muito com Monsenhor Rocha. E assim continuei na minha jornada de reconciliação com Deus. Monsenhor Couto foi meu conselheiro e assim a gente se entendia diante dos meus propósitos. Receber a comunhão me traz uma PAZ! Talvez por achar que o meu Deus está próximo.
E, não esquecendo de como fui educada, não faço julgamento sobre algo que, como você bem frisou;
"Nossa confiança no Criador, não pode ser abalada simplesmente por que ficamos sabendo de desmandos causados pelos administradores das religiões. Vale esclarecer que não há uma só instituição agregadora das massas, que seja imune a erros."
É isso aí, acredito você entenderá o que quis dizer quanto ao assunto abordado.
Um abraço amigo de
Fideralina.
Eh...
ResponderExcluirFideralina:
O povo progride e aos poucos vai saindo da escuridão.
É, Vicente, o povo deve ter a consciència de que a Igreja é Santa e Pecadora, é feita por "Homens" - (homem e mulher).
ResponderExcluirComo a Fideralina eu também procuro o nosso Pároco para conversar.
Creio em Deus como uma Força maior e no Espírito Santo como um fogo abrasador, isto é energia positiva!
Um grande e espirituoso abraço.
Eh...
ResponderExcluirArtemísia:
Há muitos, muitos anos acalento um sonho! Ver as pessoas utilizar sua religião para encontrar a paz, através da sintonia com o Criador, independentemente do credo religioso que adotem.