NÃO VEJA A TUA MÃO ESQUERDA
O QUE FAZ A TUA DIREITA
Certa vez, um jovem barbeiro, de uma pequena cidade, aparentando uns trinta anos de idade, costumava abrir a porta da sua barbearia e lá se deparar com um mendigo.
Aquilo virou rotina, todo dia lá estava ele, cabeludo e muito barbado parecia um homem de 80 anos.
Penalizado, o barbeiro resolveu aliviá-lo daquele estado e um dia, convidou o mendigo a sentar-se em sua cadeira.
Cortou seu cabelo, fez a sua barba, perfumou-o e apareceu um jovem de idade não superior a 25 anos, e de belas feições.
Talvez por respeito, não lhe perguntou o que o levou aquela situação nem procurou saber seu nome, e ainda lhe deu algumas moedas e uma velha roupa dizendo, "Isto é para você dar novo rumo a sua vida". E esqueceu completamente o episódio, por que no dia seguinte, não viu mais o mendigo em sua porta.
O Barbeiro continuou a vida. Passaram-se os anos, dez, vinte, trinta, quarenta anos e nunca mais se ouviu falar do mendigo.
Após quarenta e cinco anos, o barbeiro recebeu uma notificação para comparecer diante de um juiz em data e dia ali especificados.
E lá foi ele, tremendo de medo, passando pela sua cabeça um turbilhão de interrogações! Meu Deus, o que fiz? Sempre fui correto, nunca enganei ninguém, só ajudei. Por que agora aos setenta e cinco anos, um juiz me intima?
Chegando ao tribunal, tremulo e apreensivo, apresentou-se ao Juiz que o havia notificado e o Sr. Juiz o interrogou: - O Senhor é fulano de tal, barbeiro há quarenta e cinco anos na rua tal, numero tal? - Sim Senhor Juiz, sou eu.
E tremendo perguntou: de que me acusam? Não lembro de haver feito mal a alguém em toda a minha vida!
O Juiz observando seu olhar sereno, mas apreensivo, assim exclamou:
- De nada o acusam meu bom homem, aqui chegou um testamento de um senhor muito rico, falecido em um lugar distante, que o indicou como seu herdeiro, e o senhor receberá o equivalente a cinqüenta por cento da sua fortuna.
- Há uma coisa porém que me intriga, não entendi, disse o Juiz: Aqui está escrito, que se o Senhor não mais existisse, entregasse essa fortuna para sua família. Mas se comparecesse, ele pede aqui no testamento para informá-lo que: seu conselho o salvou, que ele deu novo rumo a sua vida, e suas moedas se multiplicaram aos milhões, ele foi muito feliz e nunca o esqueceu.
Escrito por Vicente Almeida
09/08/2012
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