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sábado, 15 de março de 2014

A DIVINA COMÉDIA - FLORENÇA - ITÁLIA - Por Vicente Almeida

Para compreender melhor a Divina Comédia vamos falar um pouco sobre Florença, de onde Dante retira um manancial de informações sobre a vida da cidade e de seus habitantes.

Berço do Renascimento italiano, Florença é uma das cidades mais belas do mundo. Muitos gênios, como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Dante Alighieri, Filippo Brunelleschi e Nicolau Maquiavel, contribuíram para sua grandeza.

Florença (Firenze, em italiano) é a capital da província homônima e da região italiana da Toscana. Está situada a 230 km ao noroeste de Roma e ocupa uma área em torno de 105 km2. Foi fundada por motivos comerciais e militares e o objetivo era controlar os únicos pontos navegáveis do rio Arno e os montes Apeninos, nas rotas de norte a sul da península itálica. Fiel a sua tradição, Florença conserva lugar de destaque na arte e na cultura italianas.

A cidade data do século I a.C. e foi edificada junto às ruínas de uma cidade etrusca. Serviu inicialmente de alojamento para uma guarnição militar romana e, quatro séculos depois, transformou-se num importante centro comercial, dada sua localização no ponto nevrálgico das comunicações terrestres da península itálica.

Após um longo período de letargia, em que esteve sucessivamente sob domínio de ostrogodos, bizantinos e lombardos, a cidade renasceu no século IX, quando se integrou ao império de Carlos Magno. Com as tensões entre o papado e o Sacro Império Romano-Germânico, ao qual passou a pertencer desde 962, junto com a Toscana, Florença teve governo autônomo desde fins do século XI.

Durante os séculos XIII e XIV, a cidade foi agitada por lutas contínuas entre os guelfos, partidários do poder papal, e os gibelinos, vinculados ao império alemão. Mesmo assim, essa foi uma época de esplendor econômico e cultural, com escritores que se tornaram imortais, como Dante, Petrarca e Boccaccio, e pintores como Giotto.

No princípio do século XV, uma família de banqueiros, os Medici, tomou o poder, que conservaria até 1737, data em que Florença foi anexada pelo duque de Lorena. Os Medici criaram um poderoso estado toscano e, com seu mecenato, imprimiram grande impulso à cultura renascentista em Florença.

No século XVIII teve início uma fase de decadência artística e social, motivada pelas guerras e pela instabilidade política. Grande parte da herança cultural da cidade perdeu-se pelo desleixo ou pelo uso indevido de seus edifícios, situação que se agravou com alguns acidentes naturais, como inundações provocadas pelas cheias do rio Arno. No século XX, porém, muitas medidas foram tomadas para proteger o acervo cultural e artístico de Florença.

Embora nas últimas décadas do século XX a cidade tenha experimentado acentuado progresso industrial, suas principais fontes de renda são o turismo e o artesanato. A atividade artesanal florentina produz objetos de vidro e cerâmica, reproduções de obras de arte e trabalhos em metais preciosos, cujos pontos de venda se estendem pela cidade inteira. Predominam os mercados ao ar livre, como o de ourivesaria do Pontevecchio.

Florença tem muitos museus, dos quais o mais importante é a Galleria Degli Uffizi. A cidade conta também com a Biblioteca Nacional Central, onde é possível encontrar exemplares de todos os livros publicados na Itália desde 1870. A vida universitária é muito intensa. Além dos estabelecimentos de ensino italianos, funcionam universidades de outros países, como as de Grenoble e Harvard, dedicadas ao estudo do Renascimento italiano.

O centro da cidade pouco mudou desde sua época de máximo esplendor, ou seja, o período situado entre os séculos XIII e XV. Conserva-se o traçado das antigas ruas romanas, que cruzavam o núcleo urbano. Desde o século XIII, o centro político é a praça da Signoria, antiga sede dos governos de Florença. A praça da Repubblica e arredores, com muitos cafés, livrarias e lojas de antiguidades, formam o centro comercial.

A arquitetura religiosa florentina é um dos principais centros de interesse da cidade. O edifício mais antigo é o batistério de San Giovanni, em estilo romano, com planta octogonal, decorado exteriormente em mármore verde.

A catedral de Santa Maria del Fiore, no estilo gótico com influências toscanas, obra de Arnolfo di Cambio, foi iniciada em 1296 e finalizada em 1436, quando se ergueu a cúpula projetada por Filippo Brunelleschi. Outros monumentos religiosos de particular interesse são a basílica de San Lorenzo, a igreja do Santo Spirito, a de Santa Croce etc.

A cidade conta mais de meia centena de palácios, dos quais o maior e historicamente mais importante é o palácio Pitti, que foi residência dos Medici e depois dos Lorena. Esse palácio foi projetado por Brunelleschi, a quem se deve igualmente a fachada do Hospital dos Inocentes, tida como a primeira obra arquitetônica do Renascimento.

Outros palácios famosos são o da Signoria, o Medici-Riccardi e o Strozzi. Entre os belíssimos jardins de Florença destaca-se o de Boboli, pela extensão e antiguidade.

Créditos deste texto para Helder da Rocha.
Vicente Almeida
15/03/2014 

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