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O LABORATÓRIO SIDERAL leva até você, somente POSTAGENS de cunho cultural e educativo, que trata do universo; das gentes; das lendas; das religiões e seus mitos, e de forma especial, dos grandes mistérios que envolvem nosso passado. Contém também muitos textos para sua meditação. Tarefa difícil, mas atraente. Neste Blog não há bloqueio para comentários sobre qualquer postagem.

A FOTO ACIMA É A VISÃO QUE TEMOS DO NOSSO INCANSÁVEL PICA PAU, ABUNDANTE AQUI NA MATA DA NOSSA "VILA ENCANTADA".

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

ESTOU AQUI SÓ DE PASSAGEM - Por Vicente Almeida


MOMENTO ESPÍRITA

A vida não começa com o nascimento nem termina com a morte.

Desde tempos imemoriais que acreditamos possuir um ser astral habitando o nosso corpo. Isto não é uma intuição é uma constatação.

Alguns o denominam de alma, outros de espírito.

Ainda que ninguém se dê ao trabalho da pesquisa, e se acomode aceitando interpretações puramente religiosas e dogmáticas, a verdade não será destituída do seu trono e um dia surgirá resplandecente.

Temos uma árdua tarefa pela frente, aprender, aprender e aprender, para um dia atingirmos a perfeição.

Quanto tempo levaremos mesmo para atingir a perfeição? Posso dizer que, uma eternidade!

É muito tempo não é? Mas é isto mesmo! Em cada romagem pela terra, mesmo que duremos aqui cem anos, ou mais aprenderemos apenas uma fração mínima do que precisamos.

Muitos ainda não conseguem entender, aceitar ou acreditar, mas isto em nada mudará o destino da alma, ela continuará se aperfeiçoando eternidade afora inclusive a sua.

Pois bem, essa alma ou espirito passa a habitar o corpo - Que não será o primeiro nem o único, logo após a concepção, e nele permanecerá até o último sopro de vida.

Segundo crenças religiosas, após a morte do corpo, conforme os atos praticados em vida seria destinado ao paraíso ou ao inferno por toda a eternidade.

Mas não é tão simples assim. Uma única existência é insuficiente para a alma atingir a perfeição e passar a viver eternamente em beatitude. Se existisse um estado de beatitude.

Igualmente sabemos que por maiores que tenham sido os erros cometidos em uma única vida, não são suficientes para uma condenação eterna - Se existisse a eternidade das penas. 

Deus, infinitamente sábio e justo, não premia nem castiga ninguém, e concedeu a cada um o livre arbítrio, e o tempo que se fizer necessário para reparar   erros cometidos contra si ou seu semelhante.

Acredite ou não, cada um de nós já esteve na terra em outras eras, e em muitos outros lugares, e aqui retornaremos ainda muitas outras vezes!

Em cada retorno passaremos por mais um estágio diferente em nossa jornada evolutiva quitando débitos do pretérito e adquirindo novos conhecimentos através do desempenho de novas atividades, a fim de inserir em nosso currículo milenar o que ainda nos falta.

Destarte, quem já foi professor, contador, sacerdote, pastor, militar, funileiro, torneiro, pedreiro, pescador, etc. Poderá optar por retornar em nova vida como engenheiro, médico, advogado, agricultor, comerciante, mendigo, cantor ou qualquer outra, desde que seja necessária em  seu currículo, ou tenha como finalidade acertar pendencias passadas ou ainda para cumprir uma missão.

Mas também poderá exercer a mesma atividade de vida anterior para complementar algo inacabado.

Paralelamente a atividade que venhamos a desempenhar, nossa alma ou espírito poderá ter também a necessidade de reparar algum dano causado a outrem ou a si mesmo no passado.

Assim poderemos passar pelo mesmo trauma que causamos a outrem. Naquele momento nos julgaremos como vítimas, por não nos sentir merecedor da penalidade. Mas em casos assim se aplica perfeitamente aquele ensinamento de Cristo "A cada um será dado segundo suas obras" Que encerra a ideia de correspondência, de correlação e semelhança entre o mal causado a alguém e o castigo imposto a quem o causou: tal crime, tal pena!

Inumeráveis são os casos que comprovam a preexistência do espírito. Exemplifiquemos dois:

I - Uma criança superdotada, que demonstra conhecimento profundo em uma área, sem, contudo ter idade suficiente que explique tanta sabedoria! Se não é o resultado de uma vida gloriosa anterior, por que então ela nasceu com tanto saber a ponto de desempenhar uma atividade que somente um adulto após longos estudos conseguiria?

II - Como explicar também as anomalias de uma criança que a impossibilite viver uma vida normal, além de haver nascido em extrema pobreza? Será que já nasceu fadada ao sofrimento, e muitas vezes com ela esse sofrimento se arrasta por dezenas de anos? O que fez essa criança para merecer tanto sofrimento se não for consequências de atos de outras existências?

Vemos nestes dois casos uma imensa disparidade: Um é superdotado, capacitado desde a mais tenra idade, recebendo todas as glórias pelas relevantes aptidões que demonstra. Enquanto o outro nasceu voltado para o sofrimento e ninguém o aplaude, até a penúria às vezes nele faz morada. Que justiça poderíamos reconhecer em Deus se essas pessoas tivessem uma única vida? Como explicar esse privilégio, uma vez que é incompatível com a Justiça Divina?

Baseado na preexistência da alma, isto é; Que ela existia antes desta encarnação é fácil encontrar explicação para o mérito ou demérito de cada um.

Há que se levar em conta também, que muitos sofrimentos não são punitivos. Resultam de opção pessoal do espírito, que propõe levar uma vida abnegada e servil com o fim de ajudar alguém. E espíritos assim, embora não sejam percebidos são valorosos e sofrem em beneficio daqueles a quem desejam proteger. Assim fez Jesus Cristo, o maior benfeitor da humanidade.

Estamos longe de compreender a Justiça Divina. Tudo aquilo que nos parece um erro, uma fatalidade, na verdade está dentro da ordem celeste rumo à perfeição. Há tantas coisas à aprender, que não podemos perder um minuto na ociosidade.

Por isto mesmo é que digo: "Estou aqui só de passagem" com muita vontade de aprender e transmitir o que já aprendi. Minha vida não teria utilidades se pretendesse apenas usufruir esquecendo irmãos à minha retaguarda.

afirmei no início "A vida não começa com o nascimento nem termina com a morte". A vida é o despertar para o mundo material. A morte é o despertar para a vida espiritual. Ainda que muitos não acreditem nem mesmo em Deus, a vida continuará conforme Ele estabeleceu. Estamos constantemente em transição entre dois mundos. São dois modos de existência que se completam. Então por que tanto medo da morte?

Escrito por Vicente Almeida
05/09/2012

Um comentário:

  1. Eh...

    Estou aqui só de passagem aprendendo a respeitar as pessoas como elas são, e não como eu gostaria que fossem.

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